Se já sou
um confesso admirador das mais variadas proezas e habilidades circenses, existe
uma que por si só faz as delícias de quem é fã de adrenalina e de sentir aquele nervoso miudinho,
devido ao risco que correm os corajosos indíviduos que a estas actividades se
submetem. Falo-te do fantástico, e por cá raro, número do Homem Bala! “Então mas tu
não falas só de música, porque é que agora te metes a dissertar sobre circo?”,
perguntas tu. Tudo isto tem uma plausível e entusiasmante explicação: A música
portuguesa tem agora uma banda (de fantástico talento, diga-se) que pega
exactamente nesse conceito e faz dele a sua identidade musical. Qual o o seu
nome? “Homem Bala”,
pois claro. É sobre eles que te falo agora.
Este Homem Bala, ou
melhor, estes Homem Bala, lançaram o seu disco homónimo de estreia no passado dia 10 de
Fevereiro (para escutar e adquirir, aqui)e têm no rock o grande impulsionador e
a fulcral fonte de energia para um “disparo de canhão” (que é como quem diz carreira musical) que
desejam (e promete ser) proveitoso e duradouro. Na cidade de Lisboa, a banda busca a
sua fonte de inspiração para as 8 faixas que compõem o este disco com o qual se
estreiam (a canção “Atalaia”
é talvez a perfeita demonstração disso mesmo), inspiração essa que culmina numa
sonoridade bastante característica e pautada pelos ritmos frenéticos e guitarras tão melódicas quanto
agressivas, quando o momento assim o pede.
O rock funciona como
catalisador de um som que por si só se define como explosivo, e é por entre as diversas
variantes deste estilo musical (pop rock, stoner rock e uma pitada de
piscadelismo) que a musicalidade dos Homem Bala deambula e faz deambular quem
escuta, fazendo deste disco de estreia um registo fantástico de uma banda tão
jovem quanto promissora. É por entre a poderosa canção instrumental “Viagem”, o refrões “catchy”
de “O Baile” e “Homem Velho”, os
viciantes riffs presentes em “Menina”,
“Ladrão” e “Homem Bala” (a canção
que fecha o álbum), e a entusiasmante métrica de “Pernas para o Ar”, que os Homem Bala se
apresentam. Cientes do conceito e da mensagem que querem transmitir, André
Cumbre, Hugo Hugon, João Ribeiro e Vasco Rato, demonstram uma maturidade musical
bastante acima da média para quem ainda agora se lançou, sem medos(ou não
fossem eles os Homem Bala) numa carreira musical que se prevê recheada de
sucessos.
O Homem Bala foi
lançado, e agora quem é que o agarra? É ouvir, e estar muito atento a estes
rapazes! Deixo-te com um dos singles do disco, e uma das minhas músicas
preferidas desta banda que tão bem emprega o nome de um stuntman bem português.
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