12/09/2013

O Rapaz fala de: "Right Thoughts, Right Words, Right Action" (Franz Ferdinand)




  “I say, "Don't you know?" / You say, "You don't know" / I say, "Take me out"”, foi basicamente assim que os Franz Ferdinand se apresentaram ao mundo. Electrizantes, viciantes, dançáveis, assim se começou a construir um fenómeno que catapultou os rapazes de Glasgow para o estatuto de uma das bandas mais entusiasmantes do início do milénio. Durante esta dezena de anos de vida que leva já a banda de Alex Kapranos (sempre gostei do apelido dele), esta oscilou entre as luzes da ribalta e largos momentos de esquecimento (facto que se deve ao espaço, talvez demasiado acentuado, entre lançamentos de material musical novo).

   E foi exactamente num período fora do protagonismo (protagonismo esse, proporcionado principalmente por “Franz Ferdinand”, de 2004, e não tanto por “You Could Have It So Much Better” e “Tonight:Franz Ferdinand”, estes de 2005 e 2009 respectivamente) que a banda de “No you Girls” viveu nos últimos anos. Ao longo de aproximadamente 4 anos, nada de novo se soube dos outrora activos e frenéticos Franz Ferdinand (ainda assim, Portugal contou com a sua sempre agradável visita em 2012) e a espera teimava em prosseguir. Mas eis senão quando sai,pela mão da Domino Records a 26 de Agosto do corrente ano, “Right Thoughts, Right Words, Right Action”. Demoraram? Sim, mas estão inequivocamente perdoados.

  “Right Thougts, Right Words, Right Action”, é um álbum que traz à tona aquilo que de melhor os Franz Ferdinand poderiam ter para nos oferecer. Uma mão cheia de músicas que rivalizam indubitavelmente com aquilo que de mais icónico a banda já produziu, e que nos dizem que o quarteto escocês está de volta e melhor que nunca. Uma festa pautada pelo característico “dance rock” de Franz Ferdinand, são assim estes 35 minutos de música boa (precisa, e sem rodeios), cujo início fica precisamente a cargo da canção que tem como refrão o nome do disco, “Right Action”. E assim se inicia uma frenética viagem auditiva, graças a imparáveis músicas como “Evil Eye” (esta podia ser perfeitamente uma prima afatada do inesquecível tema de abertura de “Ghostbusters”, juro-te que podia), “Love Illumination”, “Treason! Animals” e “Bullet”, e onde apenas é dada permissão para respirar momentaneamente em “Stand on the Horizon”, “Fresh Strawberries” (uma das minhas preferidas) e “The Universe Expanded”.

  Como perfeita despedida para um perfeito trabalho, Kapranos (nunca é demais frisar o quão "cool" é este sobrenome) diz então“Goodbye Lovers & Friends”, e deixa quem escutou a implorar para que não demorem a brindar-nos com algo novo, e se possível igualmente bom.

  E o que se faz quando 35 minutos, que passam num ápice (como tudo quando é bom), nos deixam com uma sensação tão agradável? Volta-se ao início, ora pois.



2 comentários:

Ariana disse...

Gostei do blog de um modo geral, achei engraçada a apresentação visual. Também adoro musica e ouço um pouco de tudo, mas tenho uma predilecção especial pelo rock.
De Franz Ferdinand só conhecia mesmo a "Take me Out", "Evil Eye não conhecia, bem surreal o videoclip!

O Rapaz que só fala de Música disse...

Muito Obrigado pelos elogios Arianna Ary, fico bastante satisfeito. Vai passando por aqui!