“I say, "Don't you know?" / You
say, "You don't know" / I say, "Take me out"”, foi basicamente assim que
os Franz Ferdinand
se apresentaram ao mundo. Electrizantes, viciantes, dançáveis, assim se começou a construir um fenómeno que catapultou os
rapazes de Glasgow para o estatuto de uma das bandas mais entusiasmantes do
início do milénio. Durante esta dezena
de anos de vida que leva já a banda de Alex Kapranos (sempre gostei do apelido dele), esta oscilou entre as luzes da ribalta e largos momentos de esquecimento
(facto que se deve ao espaço, talvez demasiado acentuado, entre lançamentos de
material musical novo).
E foi exactamente num período fora do
protagonismo (protagonismo esse, proporcionado principalmente por “Franz Ferdinand”, de 2004,
e não tanto por “You Could
Have It So Much Better” e “Tonight:Franz Ferdinand”, estes de 2005 e 2009 respectivamente)
que a banda de “No you
Girls” viveu nos últimos anos. Ao longo de aproximadamente 4 anos, nada
de novo se soube dos outrora activos e frenéticos Franz Ferdinand (ainda assim, Portugal contou com
a sua sempre agradável visita em 2012) e a espera teimava em prosseguir. Mas
eis senão quando sai,pela mão da Domino Records a 26 de Agosto do corrente ano, “Right Thoughts, Right Words, Right Action”.
Demoraram? Sim, mas estão inequivocamente perdoados.
“Right Thougts, Right Words, Right Action”, é um álbum
que traz à tona aquilo que de melhor os Franz Ferdinand poderiam ter para nos oferecer. Uma
mão cheia de músicas que rivalizam
indubitavelmente com aquilo que de mais icónico a banda já produziu, e
que nos dizem que o quarteto escocês está de volta e melhor que nunca. Uma
festa pautada pelo característico “dance rock” de Franz Ferdinand, são assim estes 35 minutos de música boa (precisa,
e sem rodeios), cujo início fica precisamente a cargo da canção que tem como refrão
o nome do disco, “Right
Action”. E assim se inicia uma frenética viagem auditiva, graças a imparáveis
músicas como “Evil Eye”
(esta podia ser perfeitamente uma prima afatada do inesquecível tema de
abertura de “Ghostbusters”, juro-te que podia), “Love Illumination”, “Treason! Animals” e “Bullet”, e onde apenas é dada permissão para
respirar momentaneamente em “Stand
on the Horizon”, “Fresh
Strawberries” (uma das minhas preferidas) e “The Universe Expanded”.
Como perfeita despedida para um perfeito trabalho, Kapranos
(nunca é demais frisar o quão "cool" é este sobrenome) diz então“Goodbye Lovers & Friends”,
e deixa quem escutou a implorar para que não demorem a brindar-nos com algo
novo, e se possível igualmente bom.
E o que se faz quando 35 minutos, que passam num ápice (como tudo quando
é bom), nos deixam com uma sensação tão agradável? Volta-se ao início, ora
pois.
2 comentários:
Gostei do blog de um modo geral, achei engraçada a apresentação visual. Também adoro musica e ouço um pouco de tudo, mas tenho uma predilecção especial pelo rock.
De Franz Ferdinand só conhecia mesmo a "Take me Out", "Evil Eye não conhecia, bem surreal o videoclip!
Muito Obrigado pelos elogios Arianna Ary, fico bastante satisfeito. Vai passando por aqui!
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